Pós Ressaca Eleitoral - Boa Notícia

Vitória esmagadora dos nulos obriga TSE a convocar novas eleições em dois municípios do RJ


Fonte: Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org. br)


Em Bom Jesus de Itabapoana, no Estado do Rio de Janeiro, os votos nulos alcançaram 89,23% da preferência do eleitorado e o candidato único à Prefeitura, João José Pimentel, do PTB, apenas 6,3%. Eram 26.863 eleitores, mas apenas 1.692 votaram em Pimentel. Em Santo Antônio de Pádua, Maria Dib, do PP, obteve 10.074, o equivalente a 37,9% dos votos, enquanto os nulos totalizaram 16.527, o equivalente a 60,35%.

De acordo com as regras eleitorais, nenhum candidato pode tomar posse quando os nulos e brancos vencem as eleições, alcançando um coeficiente maior que a soma dos votos dos candidatos. Nos dois municípios, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá que convocar novas eleições e os dois candidatos rejeitados pela população ficarão inelegíveis. As duas cidades tiveram outros concorrentes, mas suas candidaturas foram impugnadas. Agora será estabelecido um novo prazo para inscrições, propaganda eleitoral e os eleitores terão que voltar às urnas.

O Tribunal Regional Eleitoral (TER-RJ) já está com esquema todo preparado para realizar novas eleições para prefeito em Santo Antônio de Pádua e em Bom Jesus de Itabapoana. A intenção do presidente do TRE, desembargador Alberto Motta Moraes, é convocar o novo pleito ainda este ano, antes da diplomação dos prefeitos eleitos no estado. Pelo calendário eleitoral, a data-limite para os juízes diplomarem os vencedores das eleições deste ano é 18 de dezembro. Sua intenção é evitar que os presidentes de câmaras municipais sejam obrigados a tomar posse, interinamente.

Em Bom Jesus e Pádua, os eleitores deram uma lição de cidadania, demonstrando que o voto nulo é também uma forma de expressar opinião, quando os opções disponíveis não atendem às expectativas.

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Contrastando com o caso acima, é com muito pesar que se constata a despolitização da população aqui na Ilha da Magia. Elegeu-se aquele que teve uma campanha mais florida, mais maquiada, que soube oferecer mais favores, obras, promessas, enfim, o crescimento a todo custo- independente do custo ambiental, social e cultural imputado no jogo-, em detrimento da opinião daqueles que vivem, vêem e escutam, ou estudam o que ocorre no nosso pedaço de terra. Ainda assim, existe entre os nossos uma parcela "intelectual" que julga ser o voto nulo um ato irracional, com o argumento girando em torno de algo como "não muda nada" ou qualquer coisa do tipo. Irracional mesmo é ter que entrar nesse jogo e votar num dos candidatos à esse sistema de governo ridículo, sem precisar citar nomes, até porque são tudo farinha do mesmo saco. E vamos a mais 4 anos de caos urbano...